25 de mai. de 2010

Schomburgkia Crispa


Schomburgkia compreende robustas espécies epífitas ou rupícolas, de crescimento subcespitoso, algo aéreo, distribuídas do sudeste do México ao sudeste brasileiro, mas mais comuns na América Central e Caribe, em áreas quentes e ensolaradas, e matas abertas, mais ou menos secas. Três espécies algo similares referidas para o Brasil.

As Schomburgkia apresentam grandes pseudobulbos fusiformes alongados, volumosos e muito fortes, inicialmente lisos depois sulcados, espaçados por grosso rizoma algo alongado e escandente, com duas ou três grandes folhas apicais, coriáceas, oblongas ou lanceoladas. Do ápice do pseudobulbo, sem espata evidente, brota longa inflorescência racemosa, que pode chegar a dois metros de comprimento, ereta ou arqueada, comportando muitas flores de tamanho médio ou pequenas, formando uma espécie de umbela em seu ápice.

As flores têm pétalas e sépalas igual tamanho, levemente estreitas, comum de margens encrespadas. O labelo é trilobado com carenas próximas da base. A coluna possui oito polínias arranjadas em dois grupos.

23 de mai. de 2010

Cattleya Walkeriana



Laelia anceps var. Guerreiro


FLORES QUE CHEGAM COM O FRIO!

A Laelia anceps possui apro­ximadamente o seguinte regime de crescimento: após o período de des­canso da floração, na primavera e verão surgem novos brotos que cres­cem com o calor e as chuvas dessas estações.
Assim que o tempo começa a es­friar, as hastes florais começam a crescer e são um espetáculo à parte pois algumas plantas possuem has­tes com até um metro de comprimen­to fazendo concorrência em ta­manho com as Phalaenopsis. O comprimento da haste floral de­pende do clone e do estado cul­tural da planta, variando bastan­te, mas quase sempre ao redor de 60 cm.
Entre o fim do outono e co­meço do inverno, as flores, em número de 1 a 5 em cada haste floral, começam a abrir, fornecen­do um lindo espetáculo, balan­çando com a menor brisa. Após a floração a planta entra em pe­ríodo de repouso e reinicia-se o ciclo.
As flores da Laelia anceps variam de 6 a 12 cm de tama­nho, possuindo de modo geral boa armação (pétalas e sépalas no mesmo plano).
As sépalas variam de 1 a 2 cm de largura enquanto as péta­las podem chegar até 4 cm nos melhores clones. O labelo enco­bre a coluna e varia de 1 a 2 cm de largura.
Quanto ao colorido, temos a va­riedade alba, com pétalas e sépalas brancas e labelo também branco mas com uma mancha amarela pe­netrando o tubo. Existe uma grande variedade de flores, descritas na li­teratura, em que as diferenças são a quantidade, o tamanho e a cor das veias que penetram o labelo, enquan­to o resto da flor é de cor branca.
Em 1993, Soto Arenas, orquidólogo mexicano, propôs uma nova classificação da Laelia anceps, baseada nas diferenças en­tre as plantas do lado do Golfo do México e aquelas do lado do Pacífico.
As plantas da costa leste foram denominadas Laelias anceps subespécie anceps e as da costa oeste Laelias anceps subespécie dawsonii. A subespécie dawsonii foi dividida em duas: a forma dawsonii e a forma chilapensis. A subespécie anceps é a mais conhecida com flo­res comuns em forma e colorido. Grande sensação mesmo são as plantas das subespécies dawsonii e chilapensis. Na primeira estão as mais belas semi-albas, com pétalas largas e redondas de branco puro e Iabelo colorido. A segunda, chilapensis, descoberta no estado de Guerreiro, possui plantas espetacu­lares, flâmeas, redondas, de excep­cional beleza.
Com o aparecimento de clones poliplóides e das "Guerreiro", como são mais conhecidas as chilapensis, abriu-se um caminho muito promis­sor para cruzamentos, visando a obtenção de plantas de novas varie­dades e de qualidade superior. Uma vantagem adicional da Laelia anceps, é a facilidade no cultivo de "seedlings", já que se desenvolvem com grande facilidade e crescem muito bem no nosso clima.